Formação das Imagens na Radiologia
Formação das Imagens na Radiologia
Na radiologia, existem algumas formas de gerar imagens.
Há aplicações voltadas para funções metabólicas – como as cintilografias, que são ruins para descrição anatômica – e para descrição anatômica especificamente em busca de alterações anatomopatológicas.
Perceba que apenas por essa breve descrição, há indicação para cada tipo de exame. A primeira imagem criada foi baseada na emissão de feixes de raio-X. Basicamente, em uma câmara de vácuo (para remover o isolamento elétrico provido pelo ar), uma placa de tungstênio é alimentada por uma corrente elétrica.
A eletricidade estimula os átomos da placa de tungstênio (1), e tal energia estimula os elétrons presentes na última camada (camada de valência), criando um ambiente atômico instável.
Tal instabilidade pelo excesso de energia resulta no salto dos elétrons para uma nova camada (2).
Porém, não é possível que os elétrons permaneçam energizados nesta última camada pela somatória de cargas de prótons e elétrons nos átomos, ocorrendo então a liberação desta energia pelos elétrons na forma de radiação – neste caso, o Raio-X – resultando no deslocamento dos elétrons para a camada anterior (3).
Na placa de tungstênio, a eletricidade provê a aceleração dos elétrons em direção a uma outra placa de tungstênio através da criação de uma diferença de potencial entre um cátodo (provedor de elétrons) e um ânodo (receptor de elétrons) e o choque dos elétrons do cátodo contra os da placa de ânodo os excita para sua estimulação suficiente para geração da radiação (4).
Então criou-se o Raio-X. E como aplicar o uso dessa radiação? O Raio- -X tem certo poder de penetrância, passando com facilidade por estruturas com densidade relativamente inferior a dos ossos e metais. Portanto, é possível “enxergar” por dentro do corpo com doses de radiação. Então quando um feixe de Raio-X encontra um anteparo, no caso, o corpo humano, parte da radiação não consegue ultrapassar significativamente as estruturas, outra parte passa com facilidade por conter estruturas de baixa densidade, como o ar.
Desta forma, podemos concluir que há a produção de uma escala de radiodensidade. Como o feixe de radiação é direcionada a uma película que é queimada pela radiação, é possível registrar as estruturas anatômicas sem dificuldades. Graças a diferença de densidade dos tecidos e órgãos, o registro na película da Radiografia se baseia no “Efeito Sombra”: tudo que for mais próximo do branco é hipotransparente ou hipolucente ou hiperatenuado, um obstáculo altamente denso para a penetração do Raio- -X, sendo a sombra registrada na película, e tudo que tender ao preto é hipertransparente ou hiperlucente ou hipoatenuado, pois queimou bastante a película por conseguir ultrapassar as camadas do corpo, não sendo obstáculo significativo ao Raio-X.
Este é então o registro pela Radiografia. Esta permite a visualização de imagens sempre em 2 planos – um vertical e outro horizontal. P. ex. tórax em incidência pósteroanterior vê-se o tórax em plano coronal e transversal. O princípio da Tomografia Computadorizada é o mesmo, com a diferença do uso de tecnologia mais avançada para registrar tridimensionalmente as imagens e as transmitindo em planos. A emissão de Raio-X é realizada em todas as direções e o efeito sombra é projetado através de captação de doses de radiação no próprio tomógrafo e convertido em bits codificados para formar no computador uma imagem projetada da somatória de informações.
Um ponto a ser destacado: na Radiografia, as estruturas vão somando obstáculos que intensificam as sombras (ex. costela seguida de coração seguida de coluna vertebral) – fenômeno chamado sobreposição, o que não acontece na Tomografia.
Fonte: ANATOMIA RADIOLÓGICA BÁSICA ILUSTRADA
Autores: Luigi Ferreira e Silva Gabriel Iury Sousa Barros de Souza Alexandre Ferreira da Silva ANATOMIA RADIOLÓGICA BÁSICA ILUSTRADA
VOL. 1 TÓRAX: CAMPOS PLEUROPULMONARES
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